<$BlogRSDURL$>
Links
Arquivos

Campo de anotações aleatórias que eventualmente pode criar algo útil.

domingo, fevereiro 19, 2006

Eu lembro de ter anotado por aqui algumas impressões sobre alguns filmes. Hoje, no dia da devolução da hora roubada pelo horário de verão, vi um filme que me fez lembrar de outro e depois de procurar um pouco cheguei a conclusão que não escrevi sobre o filme que lembrei. Então, quase tudo está perdido, todas as pesquisas que fiz sobre os atores, a história e a critíca eu desgraçadamente não anotei.

Mas agora não. Vou anotar as coisas sobre o filme que acabei de assistir. Quando um dia quiser saber o que li sobre o filme vai ser fácil lembrar do final do horário de verão e achar este post.

"Sophie Scholl - Die letzten Tage" é o nome real do filme. Mesmo meu precário alemão consegue entender que se trata dos últimos dias de Sophie Scholl. O nome em bom português é "Uma mulher contra Hitler". A referida mulher, que morreu aos 21 anos, fazia parte de um movimento chamado "Rosa Branca", que tinha a intenção de alertar os alemães em relação as atitudes bestiais que o Hitler vinha tomando, pricipalmente em relação ao fronte leste.

O filme é fantástico. Uma rapaziada que estava falando dos 5 gols que o São Paulo meteu no Paulista acabou por secar lágrimas. A atriz é fantástica, seu nome é Julia Jentsch e inclusive ganhou o Urso de Prata de melhor atriz. Embora aparentemente discreta, gostei muito da fotografia, que fez lembrar muito os dias ensolarados de inverno lá no Sul. O diretor também ganhou o Urso de Prata, então quem realmente entende parece dizer que o filme é bom num sentido mais amplo do que eu poderia dizer.

Nem mesmo Erwin Rommel escapou da morte quando Hitler desconfiou que ele era um "traidor". Então, o que poderia se esperar que seria feito com uma estudante de 21 anos. Assim como no filme "Raposa do Deserto", as cenas sobre a consciência da execução são desesperadoras. Também foram executados o irmão de Sophie e outro membro da Rosa Branca que, apesar de pedir por clemência em função dos seus 3 filhos, foi tratado exatamente da mesma forma.

O filme que tinha lembrado, mas sobre o qual não anotei um byte, era "A Queda - Os últimos dias de Hitler". Vagamente lembro que saí do cinema com duas impressões, que Hitler ao mesmo tempo que parecia humano parecia louco e do enorme castigo que ele impôs ao seu povo e seu exército. Contudo, a história de uma morte é muito mais cruel que a história de um massacre, e pior que tudo é a morte de um ideal. Felizmente os ideais de Sophie e Rommel ainda estão vivos.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Treze anos depois, o Inter volta a jogar uma partida pela Libertadores. Pouco mais de uma década de vida tinha naquela época, e não muita coisa lembro. Em linhas gerais, foi uma participação ridícula aquela: de quatro clubes em um grupo apenas um era desclassificado, proeza que o grande time de Antônio Lopes conseguiu alcançar.

Hoje, com um empate "redículo" com um pseudo-time venuzuelano, o Inter voltou a participar da maior competição do continente. O técnico do momento é o Abel Braga, cujas características que vêem à mente são as de fumante e barrigudo. No Rio Grande, ele deve estar bem servido de fumo de churrasco, de forma que tende a enaltecer suas características mais marcantes.

Bem, eu poderia tentar lembrar o que o atual técnico do Colorado já ganhou. Se bem me lembro, em 1988, no dia no aniversário da minha mãe, em meio a uns 8 gremistas, o Abelão ganhou o Gre-Nal do século. Pena que menos que uma década de idade eu tinha, pouco mais que isso posso me lembrar sem ler algum registro.

Acho que nada mais que um Gre-Nal do século ganhou o Abel. No ano seguinte fomos à Libertadores, acho que chorei um punhado de lágrimas quando, em pleno Beira Rio, nos pênaltis, perdemos a chance de ir à final. Acho que era um time paraguaio, mas tenho certeza que o Abel não ganhou.

Tenho alguma outra lembrança do Abel, acho que por volta de 1996. Devia ter mais que uma metade de três decádas de vida. Devia lembrar do que aconteceu e com precisão de quando aconteceu. Mas não, só lembro que o Abel não ganhou. Nada além de uma derrota.

E assim, talvez, vou me perdendo nas lembraças do que as pessoas chamam de memória. Gostaria de lembrar das coisas com riqueza de detalhes, de descrever as cenas como um grande escritor. Mas eu não consigo, nunca escrevi bem, nunca tive memória boa, mas tenho certeza que o Abel não ganhou.

sábado, fevereiro 04, 2006

Hoje, em mais uma das minhas conversas com o Prof. Gustavo, uma das pessoas mais competentes que já conheci, discutimos sobre burocracia X meritocracia. Contava ele que das liberdades que via nos E.U.A, onde a única coisa que uma pessoa precisava para realizar determinadas funções era apenas competência. Contava eu que aqui no Brasil a única coisa que uma pessoa precisa para fazer o análogo tupiniquim era um papel dizendo que ela estava apta. É evidente que tal discussão é um tanto restrita: eu não confio muito em médicos e jamais confiaria em alguém que simplesmente se considerasse apto a exercer a medicina.

Mas vejamos um exemplo bem conhecido. Uma garota de classe média resolve ser prostituta, precisa ela de registro para trabalhar? Resolver fazer filmes (o genêro nesse caso é evidente), precisa de registro de atriz? Resolve escrever um livro, precisa registro de escritora? Não bastasse tudo isso, agora ela resolve lançar produtos com sua marca.

Agora um exemplo praticamente desconhecido. Alguém que tenha condições intelectuais não tem o direito de entrar na universidade aos 15 ou 16, sem terminar o ensino médio. Mesmo entrando aos 17 ou 18 anos, essa pessoa não tem o direito de trocar de curso caso tenha mudado de idéia no transcorrer dos estudos. Se o infeliz tiver, digamos por um infortúnio, escolhido física quase ninguém saberá o que essa pessoa é capaz de fazer pois não existe um papel que diga isso. Se por uma completa insanidade, o indivíduo fazer bacharelado em fisica, nem mesmo aulas de física ele pode dar na rede de ensino pública pois não é licenciado.

Na verdade eu pouco me importo com o que um pedeço de papel tem a dizer. Mas as coisas funcionam assim, na base de diplomas, registros, sindicatos, conselhos reguladores, etc. Ou você está dentro, ou está fora. Nunca leve muito a sério esse negócio de competência e mérito, o que precisamos é um pedaço de papel dizendo o que podemos fazer.

Bem, mas acho que estamos evoluindo. A menina citada não precisou de qualquer papel para subir na vida.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Online Casino Reviews