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Campo de anotações aleatórias que eventualmente pode criar algo útil.

sexta-feira, dezembro 16, 2005

O Natal está bem próximo. Logo o ano acaba. Esses são sempre momentos de parar para pensar como foi o ano. Definitivamente, este foi o ano mais importante de todos. Felizmente, quase tudo que devia ser feito foi bem feito, até aqui o problema é o quase.

De pouco importa chegar até aqui com muitas coisas realizadas se elas não constituirem todas as coisas que deveriam ser. Por mais que se tenha êxito em uma grande variedade de atividades, um único fracasso é o bastante esquecer todos os êxitos. Nada pior que algo de ruim no meio de tantas coisas boas.

Talvez o que essa situação tenha de mais injusto é o tempo associado. Enquanto se trabalha meses para conseguir algo, um simples fim de semana pode ser suficiente para perder quase tudo. Não que realmente as coisas sejam perdidas, muitas ficam bem guardadas independentemente do que aconteça, contudo o sentimento é de fracasso total.

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Faz umas duas semanas que aconteceu. Mas não podia deixar de registrar:
Confira o artigo publicado na revista Placar sobre a atuação de
Márcio Rezende na partida entre Inter e Corinthians

Nesta quinta-feira, dia 1º., o site do Inter publicou o artigo
escrito pelo jornalista André Rizek na revista Placar da edição de
dezembro. Confira:

Personagem do Mês: Márcio Rezende

Juiz prejudicou o Inter e deixou os corintianos constrangidos

Por André Rizek

Primeiro, Edílson Pereira de Carvalho manchou um dos melhores
campeonatos da história. Dois meses depois, o mineiro Márcio Rezende
de Freitas teve a chance de sua vida ao pisar no Pacaembu para apitar
Corinthians x Inter. Poderia levantar o moral de sua classe, que está
arruinado, e não apenas por culpa de Edílson, mas pelos erros
absurdos rodada após rodada. Poderia salvar a sua própria imagem –
dez anos antes, Márcio ficou marcado por tirar um título do Santos e
entregar ao Botafogo, graças à atuação desastrosa dele e de seus
auxiliares numa final de Brasileiro, no mesmo Pacaembu. Poderia
salvar a imagem de um campeonato que, no imaginário popular, nas
mesas de bar pelo país inteiro, estava "armado" para dar Corinthians.

Márcio Rezende teve a chance de sua vida. Estava a 15 metros do
lance. Era só apitar o pênalti e, talvez, dar até um cartão amarelo
para o goleiro Fábio Costa, tamanha a sua imprudência no carrinho em
Tinga. Eu estava nas numeradas do Pacaembu, a 60 metros do lance.
Quando o juiz (muito bem colocado) parou a jogada, os corintianos do
meu lado levaram as mãos à cabeça: "pênalti, p... que o pariu!". Mas
ele apitou apenas para expulsar o meia colorado. Nunca, em toda a
minha vida, vi uma torcida constrangida em levar vantagem por um erro
de arbitragem. Tinga era um dos melhores em campo. A Fiel mal
comemorou a expulsão. Por 15 minutos, ecoou apenas o grito
de "Vergonha, vergonha, vergonha!", que vinha dos três mil colorados
entre a numerada e o tobogã,
o pior lugar do estádio
, destinado aos
visitantes [entre os quais eu].

Também nunca vi tamanho respeito à revolta de uma torcida adversária,
ainda mais em final de campeonato. A Fiel, atônita, deixou os gaúchos
gritarem quase sem incomodá-los. Todo mundo viu que não foi apenas no
lance do pênalti em que foram assaltados. Minutos antes, Rafael Sóbis
("esse loirinho", para os fiéis) arrancava sozinho rumo ao ataque
quando Márcio também inventou uma falta do atacante colorado. Ao
final da partida, alguns corintianos tentaram puxar o coro de "É,
campeão!", mas não tiveram eco. A massa foi embora calada. Silêncio
revelador.

Toda torcida acha graça de ganhar "roubado" de vez em quando. Em
1998, também estava no Morumbi quando o argentino Javier Castrilli
operou a Portuguesa naquela semifinal de Campeonato Paulista contra o
Corinthians – os dois pênaltis mandrakes marcados no final do jogo
viraram euforia para a Fiel e o nome do argentino chegou a ser
gritado em coro. Em 1993, uma arbitragem também escandalosa fez o
Timão eliminar o São Paulo e ir à final do Estadual – mais uma vez,
os corintianos saíram rindo do estádio. Mas contra o Inter não podia
ser assim. Nem a Fiel queria que fosse assim.

Não acredito que Márcio Rezende seja ladrão. Mas, em vez de salvar a
imagem do campeonato, ele o condenou para ser lembrado para sempre
como o Brasileirão do Edílson, dos jogos remarcados e, agora, do
Márcio Rezende.

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