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Campo de anotações aleatórias que eventualmente pode criar algo útil.

sábado, outubro 14, 2006

Era uma sexta-feira 13 levemente chuvosa. Parecia que tão insignificante quanto a quantidade de chuva que caia. O que poderia acontecer de bom num dia desses, justamente após o feriado? Bem, achei algo bem significativo no Centro Cultural São Paulo.

Ainda está rolando por lá um mostra de filmes do Krzysztof Kieslowski. Felizmente não se trata dos filmes mais conhecidos e possíveis de serem encontrados, mas sim do "Decálogo", uma série de filmes que abordam os 10 mandamentos. Esses filmes são quase impossíveis de serem encontrados.

Como o dito dia estava como dito, dormi muito e apenas conseguir chegar minimamente consciente na seção das 20h, que apresentou o Decálogo 3 e Decálogo 4. Ainda assim, quase não consegui chegar em tempo de garantir o ingresso grátis sem perder o início.

O primeiro deles é interessante. Mas não é o que se entende pelo melhor de Kieslowski. Trata do madamento de lembrar dias santos ou festivos. Na véspera do Natal um sujeito é procurado por um mulher com qual tivera um caso. Ela arma um história complexa sobre o desaparecimento do seu marido apenas para não passar a noite sozinha. O tal sujeito acaba por enganado, ou não, e passa toda a madrugada com a mulher, deixando sua família só. Adoraria ver novamente, mas não creio que perca o sono lembrando desse filme.

No momento estou perdendo o sono por causa do Decálogo 4. Esse filme é fantástico! Trata do mandamento de honrar pai e mãe. Uma menina, cuja mãe morreu 5 dias após seu nascimento, vive sozinha com seu pai. Sua mãe teria deixado um carta que deveria ser aberta após a sua morte. Contudo, o pai de menina sempre leva a carta consigo quando viaja e a menina, já com 20 anos, parece muito temerosa em abrir a misteriosa carta. Certa vez, seu pai viaja e deixa a carta em casa, como numa mensagem para ela lê-la. Na volta da viagem do pai, a menina diz ter lido a carta e os dois passam a discutir o conteúdo. Contudo existe muito mais que um simples conteúdo de carta na discusão dos dois. São várias cenas dentro do apartamento com os dois conversando, o que gera angústia, dúvida e medo. No fim, eu não sei ao certo que tipo de pessoa era o pai da menina mas acho que consegui entender quem era a menina. Na verdade, um filme como esse não tem fim e não sei ao certo quem era a menina.

terça-feira, outubro 03, 2006

Alguém foi na festa ontem? Bem, eu fui convidado mas teria que viajar até o Rio Grande do Sul para participar da "Festa da Democracia". Apenas justifiquei minha ausência, vendo outras pessoas festejando ao meu redor. É claro que isso não é motivo para não tomar partido num evento desses. Eu certamente teria votado no Cristovam Buarque para presidente. Infelizmente não foi possível fazer isso e menos feliz ainda foi o fato dele ter conseguido apenas o quarto lugar com aproximadamente 2,6% dos votos.

Eu teria vários motivos para votar no Cristovam. Ele parece inteligente e sensato, é do PDT, um partido que sempre gostei pela constante coerência, mas acima de tudo pois é o único candidato que está realmente preocupado com a educação nesse país. Alguns jornalistas notaram isso e abertamente o apoiaram, entre eles o Gilberto Dimenstein:


A bela história de Cristovam

Cristovam Buarque teve menos de 3% dos votos válidos, o que deveria colocá-lo na condição de um inexpressivo candidato. Mas é um vencedor.

Venceu, inicialmente, porque foi o primeiro candidato presidencial em toda a história do Brasil a colocar a educação como a prioridade das prioridades. Durante toda a campanha, bateu na mesma tecla, apesar de saber que isso lhe faria parecer chato. Disse o que acreditava; e, diga-se, não é uma invenção de campanha, afinal ele sempre acreditou na educação com uma chave para o desenvolvimento nacional. Está na sua biografia ter sido um dos principais criadores de uma das melhores idéias sociais brasileiras, a bolsa-escola.

Venceu, também, porque ele está navegando em uma onda contemporânea, que, com a eleição, lhe deu visibilidade e o fez recuperar o desgaste de ter sido ministro de Lula, demitido por telefone. Numa campanha de poucas idéias, Cristovam se apresentou como defensor de um projeto não apenas viável mas indispensável para o país.

Com seus 3%, que significam cerca de 2,5 milhões de votos, ele apenas adiantou o que, mais cedo ou mais tarde, um presidente terá de fazer se quiser mesmo tirar o Brasil da indigência mental e da pobreza material. Ter idéias, e lutar e ficar sozinho por elas, talvez não renda votos. Mas dá uma bela história. Já é uma coisa neste país de gente com muitos votos, poucas idéias --e quase nenhuma história.

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