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Quantas vezes pessoas minimamente educadas se perguntam onde poderiam deixar o lixo enquanto caminham pelas ruas da cidade? Em certos lugares, se caminha várias quadras e nenhuma lixeira ou papeleira é encontrada. Às vezes a boa vontade acaba e mesmo as pessoas minimamente educadas acabam jogando lixo na rua.

Parece que alguns "comerciantes" estão se aproveitando da situação e colocando papeleiras nas ruas de São Paulo. O problema é que eles estão vendendo espaço publicitário com a falsa anuência a prefeitura, que deveria instalar as papeleiras. O mais impressionante nisso é que a prefeitura parece ter mais ação para retirar as papeleiras ilegais do que ela mesma instalar ou legalizar as que já existem.

Para acreditar, basta ler a reportagem do Estadão.

Às vezes o mundo se mostra de formas estranhamente sutis. Por mais que se queira enxergar algo, as coisas não se definem, não tomam forma, mas, de alguma maneira, se sabe que existe algo ali na frente com a qual se pode eventualmente se esbarrar e até se machucar bastante. Há tempos que não é mais possível se apegar às respostas, pois elas simplesmente deixam de existir um dia, hoje só restão perguntas, algumas das quais muito mal formuladas.

A grande pergunta talvez seja "o que se deve responder?" Isso parece apenas mais uma ausência de resposta do que efetivamente uma pergunta, mas ainda assim parece importante, tão importante que dá medo. Para ficar um pouco pior, esse medo não é daqueles que instiga, que não permite ficar parado e sim daqueles paralizantes, que impedem que qualquer atitude seja tomada. Assim fica difícil se propor algo, apenas a ausência permanece, cristalizada e precisa.

Nas últimas semanas várias coisas me aconteceram. Problemas de todo o tipo: burocráticos, científicos e monetários. Felizmente nada de terrível. Gostari de ter escrito sobre cada um desses probleminhas, que ao final, juntos, se tornaram um problemão.

Mas acabei deixando os registros de lado. Peguei um avião e esqueci um pouco da vida no Sul. Na volta, sem pagar excesso de bagagem, trouxe mais um ano de vida. Aqui estou novamente em São Paulo, com os ouvidos detonados, achando meu computador de casa muito silencioso e sem reclamar muito das coisas, apenas tentando resovê-las uma de cada vez.

Até não parece ser tão ruim assim esse negócio compulsório de envelhecer. Mais interessante ainda é reparar isso sem sustos. Pode ser que tudo isso tenha algo relacionado a seguinte constatação
Cérebro reduz 'neurose' com a idade, diz estudo.