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terça-feira, junho 30, 2009
Verdades medíocres
Dada a estupidez do texto desse sujeito, minha indignação foi tanta que escrevi para para a editoria da gazetaesportiva.net. Até então, não obtive qualquer resposta. Além disso, divulguei a grande obra do sr. Chico Lang para meus amigos colorados, gremistas, gaúchos e paulistas. Todos acharam o texto de extremo mau gosto, preconceituoso e idiota, pois nada mais que um idiota para generalizar a população de um estado inteiro pelo eventual comportamento de seus clubes de futebol ou seus polítos e militares. Mesmo que "fatos" apresentados pelo sr. Chico Lang fossem absolutamente verdadeiros, sua opinião não passaria de uma generalização grosseira e, até mesmo, xenofobista (ainda que referente ao mesmo país). Entre as várias manifestações que recebi e vi pela internet, divulgo aqui um texto do amigo, jornalista, Marcelo Menna Barreto, encaminhado à direção da Fundação Casper Líbero. Em primeiro lugar, gostaria de deixar claro que não leio, não ouço e muito menos assisto este cidadão chamado Chico Lang. Somente tomei a iniciativa de lhes enviar este texto após ter sido intoxicado pelo conjunto de bobagens que um amigo me enviou, sabendo da minha formação, com o seguinte subject em sua mensagem: Isto é jornalista????? Tratava-se da coluna de Lang, Bola Solta, do dia 25/06, com o título “Gauchada esquece a bola e quer levar títulos na força”. Graças ao grande conhecimento jurídico de nossos ministros do STJ, hoje qualquer um pode ser jornalista, uma vez que nossa profissão, entre outras coisas, não oferece riscos à coletividade. Então respondi ao meu amigo que, nesse contexto, o Chico até me parece um profissional razoável. Apesar de – confesso - ter lido a coluna rapidamente, o texto pareceu-me fluir bem e aparentou não ter nenhum grave erro gramatical. Também ressaltei que, na ocasião, Chico estava exercendo o papel de colunista - aquele que no jornalismo tem, sim, um espaço para emitir sua opinião. Mas vale observar que, se Chico Lang entende de futebol como conhece a história do nosso país, que colunista irresponsável a Gazeta.Net foi achar hein?! Somente uma pessoa muito desinformada ou mal intencionada esqueceria que o Golpe Militar de 64 foi uma articulação que partiu na cidade de Juiz de Fora, de onde rumaram caminhões e tanques em direção ao Rio de Janeiro, onde o presidente João Goulart (gaúcho) se encontrava quando recebeu um manifesto do general Mourão Filho (carioca) exigindo sua renúncia. Na minha modesta opinião, mais do que derrubar Jango, a ideia das “elites” era, de fato, jogar uma pá de cal sobre um espectro que se chamava Getúlio Vargas. Em 1930, Getúlio acabou com a política do café com leite, que privilegiava os Estados de Minas Gerais e São Paulo, contrários à industrialização do Brasil. Um jogo de cartas marcadas que tinha o objetivo de fazer com que os cafeicultores e os grandes pecuaristas permanecessem no poder por tempo indeterminado. Em 1932, esses mesmos fazendeiros tentaram retornar ao poder, mas não conseguiram. A “Revolução de 32” não impediu que Vargas iniciasse a verdadeira Revolução social que a maioria do povo esperava, independente de ser gaúcho, paulista, cearense ou baiano. Esta, apesar das comemorações de uma tentativa frustrada de se retirar um presidente do poder, é a mais pura verdade. Mas vamos voltar agora ao golpe que o Chico Lang, pelo visto, é especialista. Em 1964 não seria, por acaso, mera coincidência o fato de, num claro e flagrante desrespeito à Constituição, o presidente do Senado, Auro Soares de Moura Andrade (paulista de Barretos), que deliberou estar a Presidência da República vaga, ser um ex-revolucionário de 32? Notem que assim este senhor, que combateu ferrenhamente o governo de Getúlio Vargas, à frente dos jornais A Urna e O Democrata, deu de mão beijada a presidência ao também paulista Pascoal Ranieri Mazzilli. Com estas informações que acabei de registrar, poderia então eu colocar também na conta dos paulistas os horrores que passamos pela Ditadura Militar e que a história – não eu, muito menos o Chico Lang – comprova? Daí me vem a seguinte pergunta: e se Chico Lang, em sua estratégia deliberada de generalizar para evitar ao máximo outra asneira, argumente que o período ao qual se referiu era o do gaúcho Médici? Muito esperto ele! Talvez tenha sido, inclusive, capaz de ter contado a lista de todos os generais do país, uma vez que afirmou que a maioria era lá do Sul. Uma coisa que, confesso, não tive tempo nem paciência pra procurar. Mas, sirvo-me, novamente da história pra lembrar ao ilustre colunista que usou essa frase forte “Os caras torturaram, mataram, usaram dinheiro público ao bem prazer e tudo bem”, que não necessariamente foram só do sul os protagonistas destes atos covardes que envergonharam o Brasil. Para se ter uma idéia, a Operação Bandeirantes (OBAN), criada em junho de1969 pelo comandante do II Exército (São Paulo), General José Canavarro Pereira, foi também uma idéia de civis — notadamente grandes empresários de São Paulo. As ordens para a montagem de um organismo que reunisse elementos das Forças Armadas, da Polícia Estadual - civil e militar - e da Polícia Federal para o trabalho específico de combate à subversão foram dadas ao final de 1968 pelo Ministro da Justiça, Luís Antônio da Gama e Silva, paulista de Moji Mirim. Poderia aqui falar do famoso Delegado Sérgio Fernando Paranhos Fleury, carioca de Niterói, que fez brilhante carreira no DOPS de São Paulo e do covarde assassinato do jornalista Wladimir Herzog em dependências do DOI-CODI paulista, mas acho que já deu para passar o meu recado.
Volto a ressaltar, no entanto, que o meu texto não é em hipótese alguma uma resposta ao senhor Chico Lang, mas, sim, uma forma de esclarecer a dúvida de um amigo. A de que existem, sim, espaços na imprensa onde a opinião deva ter o seu lugar e ser respeitada. Mas, infelizmente, mesmo sabendo que a postura de Chico Lang como colunista é a de um torcedor, sou obrigado a dizer aqui que a forma descontextualizada com que o mesmo postou o artigo em referência só contribui para a desqualificação dos profissionais da imprensa. Daí a pergunta do meu amigo: “Isto é jornalista????” Também é de se lamentar que a Fundação Casper Líbero, responsável pela Gazeta Esportiva.Net, não se atente pelo conteúdo que é emitido por um de seus veículos. Não estou falando aqui de censura, mas de uma instituição que fundou a primeira Faculdade de Jornalismo da América Latina, por onde passaram pessoas como José Hamilton Ribeiro, um exemplo de ética profissional! Bom deixa pra lá. Pelas refeências que tenho e pelo que li, alongar o texto pra fazer uma comparação entre Chico Lang e José Hamilton já seria demais. Para finalizar, em uma coisa Chico Lang tem razão no seu artigo: “E assim caminha a mediocridade...”
Isso é Jornalista?
Sou a favor do fim da obrigatoriedade do diploma de jornalista para profissinais da imprensa. Pelo que sei, a tal restrição foi baixada num momento de ditadura, de cerceamento de liberdades. Com isso pode-se imaginar os verdadeiros motivos do governo da época. Contudo, é triste ver, justamente nesses dias em que Supremo Tribinal Federal aboliu a tal obrigatoriedade, que um sujeito emita tal opinião: Colunistas - (25/06/2009 11h59) Gauchada esquece a bola e quer levar títulos na força
São Paulo (SP)
O futebol gaúcho sempre foi conhecido pelo espírito belicoso, coisa de fronteira. Quer dizer, ou vai na bola ou no pau. No entanto, Grêmio e Internacional estão exagerando. Gremistas fizeram carnaval em Belo Horizonte. Colorados prometem outro salseiro contra o Corinthians, na próxima quarta-feira. Está na hora de a CBF meter a colher nisso e, se for o caso, tirar mando de campo desses caras, um bando de "machochos", ou seja, sem suco, insípidos, debilitados metidos a macho.
Gremistas e colorados sentiram a barra. Estão em tremenda desvantagem em relação a Cruzeiro (Libertadores) e Corinthians (Copa BR). Os 3 a 1 no Mineirão praticamente garantiram os mineiros na decisão da sul-americana. O mesmo acontecendo com o Timão, que não levou e ainda marcou dois gols.
O jeito, então, é apelar para a ignorância, criando um "clima de guerra", coisa de índio mesmo, de gente sem espírito esportivo, querendo ganhar o jogo no grito. Resultado: se eu fosse dirigente de Cruzeiro ou Corinthians levaria um pelotão de seguranças, prontos para o que der e vier nas partidas de volta em Porto Alegre.
Na época da ditadura militar, a maioria dos generais era lá do Sul. Os caras torturaram, mataram, usaram dinheiro público ao bem prazer e tudo bem. Criou-se a cultura de não ser "revanchista" com o surgimento da democracia. No entanto, crime é crime e ninguém foi punido e, pelo jeito, nunca vai ser. Muita gente daquela época já está ardendo no fogo dos infernos. Como diria a avó do psiquiatra Zé Carlos Zeppellini, "Deus escreve certo por linhas tortas".
E assim caminha a mediocridade...
Fonte: www.gazetaesportiva.net/nota/2009/06/25/585664.html
terça-feira, junho 09, 2009
Verdades azuis
Quanta choradeira dos azuis de Belo Horizonte. Ao final do jogo entre Cruzerio e Internacional, os mineiros reclamaram muito do arbitro da partida. A única coisa que concordo, isto é, se acontecesse contra o Inter diria o mesmo, é sobre a não expulsão do Bolívar, logo no início de jogo, numa jogada quasa na linha de fundo do lado direito de defesa do Inter. Fora isso, vejamos como realmente a arbitragem trabalhou "contra" o Cruzerio: 1. Kléber, o bondoso injustiçado, pisa no pé de Lauro. Não obstante, os cruzeirenses choram a "injusta expulsão". 2. O gol do Cruzeiro ocorre em condição de impedimento. 3. O goleiro do Cruzerio deveria ser expulso ao quebrar Giuliano na entrada da área, quando este rumava em direção ao gol. A prova do fato 1 está em torno dos 46 segundos deste vídeoA prova do fato 2 está ao 3min e 2 seg deste vídeo. Neste mesmo vídeo, aos 4 min e 39 se vê a delicadeza do último jogador do Cruzeiro em parar a jogada de ataque do Inter. Depois da partida, só ouvi gente reclamando da arbitragem em favor da Raposa. Talvez o Inter devesse reclamar mais de qualquer coisa, em alguma teria razão ou faria as pessoas pensarem de acordo com discurso, mas prefiro que se preocupem em jogar de fato. Por sinal, parabéns ao Guiñazu que declarou que não comentaria a arbitragem, somento o jogo. P.S: Matéria da TV Alterosa sobre o ocorrido com o coitadinho do Kléber: www.superesportes.com.br/ed_esportes/003/template_esportes_003_126323.shtml

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